Marco Antônio de Moraes é natural de Bossoroca e nasceu no 3º distrito - Timbaúva, no dia 31 de dezembro de 1962. Autodidata, desde a infância pratica o desenho livre. As primeiras experiências foram
MOMENTOS DO LANÇAMENTO DA OBRA "TRONCOS AMERINDIOS"
ANAHY
Índia missioneira de São Miguel, que teve por incumbência
reorganizar seu povo, velhos e crianças, logo que os índios que restaram em
torno das reduções, seguiram com o exército de Andresito Guacurari. A escultura
de Anahy foi esculpida em cerne de pau – ferro, de um pedaço de palanque que,
durante mais de 70 anos esteve cravado no mangueirão da fazenda Bela Vista.
NHEÇU
Líder indígena guarani, foi aguerrido defensor de seu povo,
de sua cultura e de sua terra. Foi esculpido em cerne de pau – ferro e
representa o índio altivo, sentado no trono que é um tronco de árvore. Nheçu
tem nas mãos um tacape, com o qual este guerreiro guarani, impôs resistência
aos conquistadores do século XVII.
NICOLAU NEENGUIRÚ
Líder missioneiro, corregedor do povo de Concepcion e
articulador da união das tribos que lutaram em defesa de sua gente na geurra
guaranítica, sob o comando militar de Sepé Tiaraju. Neenguirú mateia solito, um
pensador que busca na seiva da erva mate, a sabedoria necessária para
estabelecer sua liderança.
SEPÉ TIARAJU
Corregedor de São Miguel, Sepé foi um guerreiro aguerrido que tombou lutando na guerra guaranítica. Hoje, vive no imaginário popular, onde triunfa imponente e seu nome é um importante registro no seleto grupo de heróis da pátria. O autor escolheu para dar forma a este guerreiro, uma lasca de troncou de Pau – ferro, que ficou em torno de 100 anos, no local onde o tronco de uma árvore com mais de 500 anos, nascida antes da invasão dos europeus e foi testemunha do esplendor do povo indígena.
YBYRÁYTÁ
Nascido da imaginação do autor, a imagem representa um índio
charrua que possivelmente, andou na paisagem sul – americana, cruzando o “gran
chaco” em direção a Cochabamba. Em suas andanças conversou com guaranis da foz
do Iguaçu e caçou emas com seu povo, nos campos finos do Icamaquã. Lutou contra
o invasor e amou tudo o que tinha. Morreu na imensidão da pampa e renasceu na
imagem esculpida num tronco de pau – ferro.
O vídeo abaixo, que mostra o trabalho de Marquito Moraes, participou do Festival virtual de Pajadores, declamadores, poetas, artesãos e artistas plásticos, realizado na cidade de Fernando de La Mora - Paraguai, no dia 13 de dezembro de 2020.